Ouço
vozes que me penetram dum maluco
Entre
a roda do sol e o final do crepúsculo:
Procuro
razão santa vez que eu me escuto
De
noite acordo e não vejo sequer um vulto.
Circulo
por pontes sem um pingo de sono
Terror
da balança de que nunca fui dono:
Do
imaginário primitivo dos meus sonhos
O
caminho da lua sobre becos anônimos.
Que
fosse então aquela esquina lá do Rio,
Onde
os médicos fazem troça do esquizo:
Carrego
há tempos a quimera só eu tísico.
As
conversas nos meus ouvidos me dirigem,
Minha
mãe com meu pai renegaram o filho:
Mas
hoje vou cantar as vozes que me afligem.
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