MEIO-DIA
Sol a pino
Olhar fixo no prato
Está sentado o homem
Imerso no burburinho
De um restaurante qualquer
Há centenas de coisas
A serem feitas à tarde
E as que não foram de manhã
Tão estranho pedir-lhe
Que saboreie o almoço
Ativo burguês
Corre em torno de si
E corre em busca do quê?
Azeite nas juntas
Energia e decisão
- A conta, por favor
Álvaro de Santis
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